Impactos das tecnologias digitais nas relações sociais.

Os impactos das tecnologias digitais nas relações sociais.

O que são as relações sociais?

As relações sociais são o conjunto de interações que ocorrem entre duas ou mais pessoas ou grupos de pessoas, orientadas por normas específicas ou expectativas sociais. É um conceito fundamental da sociologia e explorados  por diferentes campos de estudo, como a história e a psicologia. 

O ser humano é um ser social, nós sempre estamos interagindo com uma ou mais pessoas.

Alguns exemplos de relações sociais são: 

- Conversas entre duas pessoas ou mais pessoas;

- Apertos de mão;

- "Bom-dias";

- Consultas médicas;

 

- Amizades;

- Estudos;

- Participação em associações, como moradores de um bairro ou condomínio, ou clubes;

- Desenvolvimento de atividades profissionais.

Como as tecnologias digitais influenciam em nossas relações?

Na filosofia, a ética é um campo de estudo que se dedica a pensar sobre as ações dos indivíduos e os princípios que as orientam. A ética procura estabelecer, de forma questionadora, o que é o certo e o errado e a linha entre o bem e o mal. A ética está ligada ao caráter, natureza e índole das pessoas e pode ser aplicada a situações da vida social e individual, como a conduta e as ações.

O que é certo? O que é errado? Quais são os princípios da convivência na sociedade da informação?

As tecnologias digitais alteraram a forma como as pessoas interagem. Embora facilitem a comunicação, também podem inibir a interação física, levando a problemas como solidão e depressão.

Redes sociais digitais, por exemplo, podem conectar pessoas globalmente, mas também podem "desconectar" as pessoas mais próximas fisicamente, afetar negativamente o convívio social e a saúde mental.

Exemplo:

Em um almoço, uma família usando o celular no momento da refeição, as pessoas conectadas em rede, mas desconectadas presencialmente.

O Centro de Inteligência Artificial (C4AI) da Universidade de São Paulo (USP) enfatiza a importância de abordar a ética desde o início, considerando os impactos sociais e as consequências dessa tecnologia.

A inclusão digital trouxe benefícios, mas também criou barreiras no âmbito familiar. Pais que cresceram com a tecnologia muitas vezes têm apego aos dispositivos eletrônicos, o que pode incomodar os filhos.

Por outro lado, os filhos estão constantemente conectados às redes sociais, o que pode gerar distanciamento familiar. No entanto, a tecnologia também contribui para a autonomia e independência dos filhos, que buscam resolver problemas com acesso à informação online.

A tecnologia digital tem vários impactos na sociedade atual, tanto positivos como negativos:

Positivos

A tecnologia digital pode aumentar a produtividade, melhorar a qualidade de vida e facilitar a comunicação. Por exemplo, a tecnologia pode otimizar o tempo de trabalho através de tecnologias como aprendizado de máquina, chatbots, computação em nuvem, inteligência artificial e internet das coisas. A tecnologia também pode potencializar o aprendizado, com o uso de estratégias de microlearning que permitem aos profissionais estudarem até mesmo por meio do WhatsApp. Além disso, a tecnologia digital pode aproximar pessoas independentemente da distância, permitindo que as pessoas conversem com amigos, parentes ou colegas de trabalho em tempo real, mediante a transmissão de vídeos. 

Negativos

A tecnologia digital também pode ter um impacto negativo, como o aumento da dependência digital, a disseminação de informações falsas e a ameaça a privacidade dos indivíduos. Além disso, a tecnologia digital também pode ter impactos no mundo do trabalho, como desemprego estrutural, desigualdade, isolamento social, risco para a saúde mental e exploração desmedida do trabalho.

A ética digital é um conjunto de valores e princípios morais que regem as interações digitais entre pessoas, organizações e tecnologia. De um ponto de vista atual e global, a ética digital é compreendida como o código social necessário para resolver os problemas que o uso massivo da Internet está causando.

Igualdade e equidade

Igualdade e equidade

Os princípios básicos dos direitos humanos são enunciados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948: 

- Universalidade e inalienabilidade 

Indivisibilidade

- Interdependência e inter-relação 

- Igualdade e não discriminação 

- Participação e inclusão 

- Responsabilização e Estado de Direito 

Estes princípios são cruciais para a realização da justiça. Por exemplo, a realização de um direito muitas vezes depende, no todo ou em parte, da realização de outros. A violação a um direito é uma violação contra todos os outros direitos.

Equidade X igualdade 

Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades. Por exemplo, em um pronto-socorro, a vítima de acidente grave passa à frente de quem necessita de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa tenha chegado mais cedo ao hospital. 

A equidade é diferente da igualdade, que promove as mesmas oportunidades para todas as pessoas independentes de suas necessidades. A equidade visa o ajuste do desequilíbrio entre as pessoas, considerando suas particularidades e promovendo a equiparação entre os meios de alcançar um mesmo resultado. 

A equidade tem uma enorme influência na aplicação, interpretação, integração e correção das leis. Por exemplo, a equidade pode ajudar o aplicador da lei a tratar casos singulares de uma forma mais humana e justa. Também pode prevenir que as leis obsoletas acabem prejudicando algumas pessoas que tenham casos mais específicos. 

O princípio da equidade também norteia as políticas de saúde pública brasileira, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto das diferenças

A igualdade baseia-se no princípio da universalidade, ou seja, que todos devem ter os mesmos direitos e deveres e ser regidos pelas mesmas regras. A equidade, por outro lado, reconhece que não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse desequilíbrio.

A igualdade promove as mesmas oportunidades para todas as pessoas, independentemente das suas necessidades. A equidade, por outro lado, visa o ajuste do desequilíbrio entre as pessoas, considerando as suas particularidades e promovendo a equiparação entre os meios de alcançar um mesmo resultado. 

Foto aula 3004

Foto quadro da aula 3005

Foto quadro da aula 3003

Trabalho, interação social e a tecnologia.

O mundo do trabalho, a interação social e a tecnologia.

O ser humano é um ser social, a socialização é necessária e influencia em nossa formação. 

O homem é um ser social, segundo Aristóteles, pois é de sua natureza viver em sociedade e, ao buscar a felicidade, ele só a encontra na convivência humana. Isso quer dizer que nós precisamos estar com outras pessoas, para conversar, dar risada, ir ao cinema etc.

A ideia de que o ser humano é um produto do meio é um grande dilema da sociologia. Segundo Durkheim, o ser humano tende a seguir as regras da sociedade, sendo mais influenciado pelo meio do que o meio pelo ser humano. Karl Marx também acreditava que o ser humano é um produto do meio em que vive, sendo construído a partir das suas relações sociais.

O filósofo Jean-Jacques Rousseau disse que "o ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe". Esta frase sugere que as ações do ser humano são um reflexo do meio em que vive e se constrói. 

Segundo a sociologia, os jovens que vivem em comunidades com elevada criminalidade podem acabar sem perspectivas de uma vida diferente e ver a participação criminosa como um meio de sobrevivência. 

Na visão de Durkheim, o homem é produto do meio, pois tende a cumprir à risca as regras impostas pela sociedade. Dessa forma, o homem é mais influenciado pelo meio do que o meio pelo homem. Considerando o enredo do romance O Mulato e a máxima " O homem é produto do meio.

Network 

Network" é um termo em inglês que significa "rede de contatos" ou "rede de relacionamentos". É usado para descrever um grupo de pessoas que se conhecem profissionalmente, têm interesses semelhantes e podem ajudar-se mutuamente. Esta ajuda pode incluir dicas para tomar decisões profissionais, indicações para vagas de emprego, ou apresentações a outros contatos. 

O "networking" é o ato de estabelecer conexões com pessoas no mercado de trabalho. Pode ser uma forma de fortalecer relações e ajudar os profissionais a fechar parcerias, estreitar negociações comerciais e conseguir novas oportunidades de emprego. 

Para construir uma boa rede de contatos, pode tentar:

Manter uma atitude positiva.

Ser cortês e respeitoso com todas as pessoas que encontrar.

Evitar a fofoca.

Manter conversas periódicas com colegas, ex-colegas, chefes, ex-chefes, amigos de escola e de faculdade por meio da internet.

Participar de eventos que fazem parte da sua rede de relacionamentos.

Comunicar-se de forma clara para que as pessoas compreendam perfeitamente as suas intenções.

Expor os seus objetivos com as pessoas que tem mais afinidade.

Ser uma pessoa interessante, lendo, consumindo conteúdo e sendo bem informado.

Compartilhar ideias e convidar pessoas para opinar.

Não falar mal dos outros e ser fiel e verdadeiro com os seus contatos.

Mostrar interesse real e verdadeiro pelos outros.

Cultivar a sua rede durante todo o ano para manter conexões benéficas.

Existem três níveis de rede de contatos que pode cultivar:

Rede primária: pessoas com vínculos pessoais, como amigos e familiares

Rede secundária: pessoas com relações mais formais, como colegas de trabalho

Rede de referência: pessoas que podem ajudar a moldar o seu comportamento, como chefes e fornecedores.