O magistério sendo desconstruído como carreira e a uberização do professor.
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Family Guy (Família da Pesada) - Sem governo - Temporada 10 Espisódio 21
Família da Pesada é um desenho animado explora a vida familiar nos Estados Unidos, por meio do conturbado cotidiano da família Griffin, cujo chefe é Peter, que dá o seu melhor para fazer o que é certo, mas no meio do caminho comete erros legendários. Ele é casado com Lois, que tenta manter a família em um certo padrão de normalidade. O casal tem três filhos: a mimada adolescente Meg; o preguiçoso Chris, de 13 anos; o caçula Stewie, uma criança diabólica; além do cachorro Brian, o mais inteligente do grupo. Uma Família da Pesada, ou Family Guy no original, animação para adultos tem piadas escrachadas está no ar há 17 anos, e tem histórico de piadas racistas, homofóbicas e contra deficientes físicos (capacitismo). A última temporada, inclusive, foi recheada de piadas sobre a sexualidade do bebê Stewie de tom ofensivo e homofóbico. Mesmo sendo politicamente incorreta e não devendo ser assistida de modo literal, é possível realizar algumas análises sociais sobre a obra e realizarmos algumas linhas de raciocínios lógicos e com críticas.
Neste episódio, Peter se junta ao "Partido do Chá" (movimento Tea Party)* faz uma manifestação para acabar com o governo municipal de Quahog após o fecamento de seus negócios ilegais. Sua manifestação é bem sucedida, mas é seu sogro magnata, Carter Pewterschmidt, que se dá bem.
* O movimento Tea Party (em inglês: Tea Party movement), também referido como Festa do Chá, é um movimento social e político dos Estados Unidos. Trata-se da ala radical do Partido Republicano, que vem sendo descrita como um misto de libertarianismo, populismo, conservadorismo e ultradireitismo.
Preste atenção no desenho, observe os detalhes e faça prática do pensamento crítico.
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Objetivos pedagógicos
Por que o governo foi criado?
O governo foi criado como uma forma de organizar e dirigir a sociedade, estabelecendo normas e diretrizes que visam garantir o bem-estar e o desenvolvimento do país. A origem do termo “governo” vem do latim “gubernare”, que significa "dirigir, governar".
Historicamente, a necessidade de um governo surgiu com o desenvolvimento das primeiras sociedades e cidades-Estado, especialmente na Grécia Antiga, onde se buscava um sistema de organização que permitisse a tomada de decisões coletivas para o bem comum dos cidadãos. Com o tempo, diferentes formas de governo foram estabelecidas para atender às necessidades variadas das populações e para promover a ordem, a segurança e a prosperidade dentro de um território definido.
A política, intimamente ligada ao governo, é o meio pelo qual as decisões são tomadas e implementadas, afetando todos os aspectos da vida em comunidade. Portanto, o governo é essencial para a administração pública, a execução de leis e políticas, e para representar os interesses dos cidadãos em um Estado.
Por que empresários e parte da elite defende o estado mínimo
Um Estado mínimo é aquele cujas funções são limitadas à proteção de seus cidadãos contra a violência, roubo, fraude, e ao cumprimento de contratos. A teoria política que defende tal forma de governo é denominada minarquismo.
A questão de por que algumas pessoas ricas defendem o conceito de um estado mínimo é complexa e envolve várias perspectivas econômicas e políticas. Geralmente, os argumentos a favor de um estado mínimo incluem:
> Menor erro de cálculo econômico: A ideia é que um estado menor reduziria os desperdícios de recursos escassos e melhoraria a alocação de capital na sociedade.
Observação: Melhoraria a alocação de recursos beneficiando todos os cidadãos?
> Maior crescimento econômico e geração de empregos: Defensores argumentam que um estado mínimo liberaria recursos que estão engessados pelo Estado, promovendo assim o crescimento econômico.
Observação: Crescimento econômico não significa melhoria de riqueza para todos, para poder existir pessoas ricas, automaticamente existem pessoas pobres (desigualdade social). Ainda mais sem a existência de regras econômicas.
> Menor carga tributária e maior liberdade de empreender: Com um estado mínimo, haveria menos impostos e regulamentações, o que, segundo essa visão, incentivaria o empreendedorismo e a atividade econômica privada.
No entanto, críticos dessa visão argumentam que um estado mínimo poderia levar a uma maior concentração de renda e riqueza, preservando privilégios pessoais e reduzindo a proteção social para a maioria da população (principalmente os mais pobres), aumento da violência e etc. Eles também apontam que a redução das políticas públicas pode afetar negativamente os serviços essenciais, como saúde e educação, que são fundamentais para a população em geral.
Observação:
Empresa privada visa o lucro
Empresa estatal (público) visa a prestação de serviço
É importante notar que essas são generalizações e que as opiniões individuais podem variar com base em uma série de fatores, incluindo experiências pessoais, valores e o contexto político e econômico de cada país.
Qual é o papel do Estado na proteção social e no bem-estar da população?
O papel do Estado na proteção social e no bem-estar da população é fundamental e multifacetado. O Estado é responsável por estabelecer e garantir os direitos e deveres de cada indivíduo dentro de uma sociedade, assegurando que todos tenham acesso à justiça, à segurança, à saúde, à educação e a outros direitos essenciais para uma vida digna.
Entre as principais funções do Estado estão:
Legislativa: Criar leis que regulamentam os direitos e deveres dos cidadãos, estabelecendo os parâmetros para a convivência em sociedade e garantindo a igualdade de direitos e a justiça.
Executiva: Implementar políticas públicas e programas sociais que visam garantir o acesso aos direitos de todos os cidadãos.
Judiciária: Aplicar as leis e assegurar que os direitos sejam respeitados, protegendo os direitos individuais e garantindo a imparcialidade e a justiça nas decisões.
Além disso, o Estado promove a igualdade social, defende os direitos humanos, protege o meio ambiente e mantém a ordem pública. A atuação do Estado deve ser pautada pela busca constante pela igualdade e pela justiça social, garantindo que todos os indivíduos tenham acesso aos direitos fundamentais e possam viver com dignidade.
Na perspectiva sociológica, o Estado tem três funções principais: proteção social, segurança e garantia de direitos. A proteção social envolve a criação de políticas públicas que visam garantir o bem-estar da população, como saúde, educação e assistência social. Essas políticas têm como objetivo reduzir as desigualdades sociais e promover uma sociedade mais justa e igualitária
Corponormatividade
A corponormatividade é um conceito que acompanha as discussões sobre as discriminações de pessoas com deficiência. Ela se refere à ideia de que existe um corpo padrão socialmente aceito, e aqueles que não se encaixam nesse padrão são considerados “anormais” ou "inferiores". Em outras palavras, a corponormatividade valoriza corpos que não apresentam deficiências, considerando-os como um padrão a ser seguido. Esse conceito está intrinsecamente ligado à forma como a sociedade percebe e trata as pessoas com deficiência, muitas vezes perpetuando estigmas e preconceitos.
A compreensão da deficiência como resultado da interação entre corpo e ambiente, considerando as barreiras e relações humanas, é fundamental para combater a corponormatividade. Esse entendimento reconhece que a deficiência não é apenas uma característica individual, mas também é moldada pelas condições sociais e ambientais em que uma pessoa vive3. Além disso, a legislação e os avanços legais têm contribuído para promover o respeito aos direitos das pessoas com deficiência, reconhecendo-as como parte da diversidade humana e garantindo sua participação plena e efetiva na sociedade.
É importante continuarmos questionando e desconstruindo os padrões normativos que excluem e marginalizam pessoas com deficiência, promovendo uma sociedade mais inclusiva e igualitária. A conscientização sobre a corponormatividade nos ajuda a refletir sobre nossas próprias atitudes e a trabalhar para criar um ambiente mais acolhedor e acessível para todos.
Exemplos de corponormatividade na sociedade:
Padrões de Beleza:
A mídia e a indústria da moda frequentemente promovem um ideal de beleza baseado em corpos magros, altos e sem deficiências, o que pode marginalizar pessoas que não se encaixam nesses padrões.
Infraestrutura Urbana:
A falta de acessibilidade em calçadas, edifícios públicos e privados, e transportes públicos, que não consideram as necessidades de pessoas com deficiência física (não respeitando as pessoas com características corporais diferentes da maioria da população, limitando a acessibilidade e a prejudicando a qualidade de vida).
Linguagem e Comunicação:
O uso de expressões que associam deficiência a algo negativo ou a supervalorização de pessoas com deficiência por realizarem tarefas cotidianas, o que pode reforçar estereótipos.
Emprego:
A dificuldade de pessoas com deficiência em encontrar emprego devido a preconceitos e a ambientes de trabalho que não são adaptados para suas necessidades.
Educação:
A falta de recursos educacionais inclusivos e adaptados para estudantes com deficiência, o que pode limitar seu acesso à educação e ao desenvolvimento profissional.
Atendimento em Saúde:
A dificuldade no acesso a serviços de saúde adequados e a falta de profissionais treinados para atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência.
Representação Política:
A sub-representação de pessoas com deficiência em cargos políticos e em processos decisórios, o que afeta a criação de políticas públicas inclusivas.
Capacitismo Camuflado:
Quando a discriminação é tão estrutural e inconsciente que as pessoas tratam as com deficiência com um certo “heroísmo” por realizar atividades comuns, perpetuando a ideia de que essas atividades são extraordinárias para elas.
Esses exemplos mostram como a corponormatividade está enraizada em várias áreas da vida social e como ela pode afetar negativamente a vida das pessoas com deficiência. É crucial trabalhar para mudar essas normas e práticas para criar uma sociedade verdadeiramente inclusiva e respeitosa para todo
Como combater a corponormatividade?
Combater a corponormatividade é um processo que envolve mudanças culturais, educacionais e algumas atitudes.
Para combater a corponormatividade, é importante adotar uma série de medidas que promovam a inclusão e o respeito à diversidade corporal. Aqui estão algumas ações que podem ser tomadas:
Educação e Conscientização:
Promover a educação sobre diversidade e inclusão desde cedo, incluindo temas de deficiência e corponormatividade nos currículos escolares.
Representatividade:
Incentivar a representatividade de pessoas com deficiência na mídia, na política e em outras áreas de visibilidade pública para desafiar os estereótipos e promover modelos positivos.
Políticas Públicas:
Implementar e reforçar políticas públicas que garantam os direitos e a acessibilidade das pessoas com deficiência, como leis de inclusão e normas de acessibilidade em construções.
Acessibilidade:
Garantir que espaços públicos, sistemas de transporte e ambientes de trabalho sejam acessíveis a todos, removendo barreiras físicas e promovendo o uso de tecnologias assistivas.
Combate ao Capacitismo:
Lutar contra o capacitismo, que é a discriminação baseada na capacidade física ou mental, reconhecendo que todos têm direitos iguais e devem ter as mesmas oportunidades.
Inclusão no Mercado de Trabalho:
Criar oportunidades de emprego para pessoas com deficiência e garantir a adaptação dos locais de trabalho para atender às suas necessidades.
Diálogo e Colaboração:
Fomentar o diálogo entre pessoas com e sem deficiência para criar uma compreensão mútua e colaborar na busca de soluções inclusivas.
Material Educativo:
Utilizar materiais educativos, como cartilhas e guias, para informar a população sobre como combater o preconceito e promover a inclusão.
Essas ações, combinadas com um compromisso contínuo de toda a sociedade, podem ajudar a criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos, independentemente das diferenças corpora
Capacitismo
O capacitismo é um termo que descreve a discriminação e o preconceito direcionados às pessoas com deficiências. Essa forma de discriminação é baseada na crença equivocada de que as pessoas com deficiências são inferiores ou menos capazes do que aquelas sem deficiências. O capacitismo está associado à corponormatividade, isto é, à pressuposição de que existe um padrão de corpo ideal, e que a fuga desse padrão torna uma pessoa menos capaz para as atividades sociais.
Muitas vezes, o capacitismo é sutil e subliminar, acionado pela repetição de um senso comum que imediatamente liga a imagem da pessoa com deficiência a estigmas construídos socialmente. Expressões e atitudes disfarçadas de brincadeiras podem naturalizar a ideia de inadequação de pessoas com deficiência e são exemplos de preconceito estrutural, semelhante ao racismo e ao machismo.
Como enfrentar o capacitismo?
Para combater o capacitismo, é essencial remover as barreiras atitudinais que as pessoas sem deficiência costumam colocar na trajetória das pessoas com deficiência. Isso envolve questionar estereótipos, promover a educação e programas políticos que normalizem os corpos que escapam dos padrões físicos, funcionais e cognitivos. A conscientização e a mudança de vocabulário também são fundamentais para criar uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.
Capacitismo é um preconceito
Em resumo, o capacitismo é um preconceito que precisa ser combatido para garantir que todas as pessoas, independentemente de suas habilidades, sejam tratadas com dignidade e igualdade.
Você pode me dar um exemplo específico de capacitismo?
Tratar pessoas com deficiência de forma infantilizada, como se fossem incapazes de compreender o mundo ou de tomar decisões por si mesmas, é uma forma de capacitismo. Isso pode acontecer em situações cotidianas, como quando alguém se dirige ao acompanhante de uma pessoa com deficiência para fazer perguntas que a própria pessoa poderia responder.
Outro exemplo é consolar ou demonstrar pena pela deficiência de alguém, como se fosse uma tragédia, em vez de tratar a pessoa com respeito e reconhecer suas capacidades2. Além disso, considerar as realizações de uma pessoa com deficiência como “incríveis” apenas por ela ter uma deficiência, sem reconhecer o mérito real do seu esforço e habilidade, também é uma forma de capacitismo.
Esses comportamentos reforçam estereótipos negativos e criam barreiras sociais que impedem a inclusão plena das pessoas com deficiência na sociedade. É importante estar ciente dessas atitudes e trabalhar para eliminá-las, promovendo uma sociedade mais inclusiva e respeitosa para todos.
Como posso ajudar a combater o capacitismo?
Para ajudar a combater o capacitismo, você pode adotar várias ações e atitudes que promovam a inclusão e o respeito às pessoas com deficiência. Aqui estão algumas sugestões:
Eduque-se e aos outros:
Informe-se sobre o capacitismo e compartilhe seu conhecimento. Isso pode envolver a leitura de livros e artigos, a participação em workshops ou seminários, ou simplesmente ouvir e aprender com as experiências das pessoas com deficiência.
Reveja seu vocabulário:
Evite expressões e piadas que possam ser capacitistas. Mude a forma como você fala sobre deficiência, utilizando uma linguagem que respeite a dignidade das pessoas com deficiência.
Promova a acessibilidade:
Apoie e implemente medidas que tornem os ambientes físicos, digitais e de comunicação acessíveis para todos.
Incentive a inclusão:
Seja no ambiente de trabalho, na escola ou em espaços públicos, promova a inclusão de pessoas com deficiência em todas as atividades sociais.
Desafie estereótipos:
Questionar padrões de normalidade e repensar crenças capacitistas é fundamental. Contribua para a visibilidade de pessoas com deficiência em diferentes contextos sociais.
Apoie políticas afirmativas:
Endosse políticas e práticas que assegurem a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência.
Combata violências:
Esteja atento a violências flagrantes e sutis dirigidas a pessoas com deficiência e posicione-se contra elas.
Lembre-se, o combate ao capacitismo começa com pequenas ações no dia a dia que, juntas, podem criar uma grande mudança social. A conscientização e a mudança de atitudes são passos cruciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
Teologia do domínio (dominisno)
Definição
Clique no link abaixo e veja o vídeo sobre a Teologia do Domínio
https://youtu.be/MrtLqd68V4w?si=r3_IeliejoTachNg
A Teologia do Domínio, não é uma teologia, mas sim uma expressão, também conhecida como dominionismo, é um conjunto de ideologias políticas que visam estabelecer o domínio religioso cristão, especialmente neopentecostal, sobre a vida pública e a interpretação da lei bíblica. Essa teologia pode incluir a teonomia*, mas não necessariamente defende a adesão à Lei Mosaica** como base de governo. Ela é aplicada principalmente a grupos cristãos nos Estados Unidos, mas também está presente no Brasil.
Uso da religião visando a obtenção de poder.
* Teonomia, de theos e nomos, é uma forma de governo em que a sociedade seria governada pela "lei divina", um tipo de teocracia cristã. Os teonomistas afirmam que a Palavra de Deus, incluindo as leis judiciais do Antigo Testamento, devem ser cumpridas pelas sociedades modernas.
** Lei Mosaica: A Lei de Moisés é um termo usado com freqüência na Bíblia, em primeiro lugar por Josué (8:32). O termo Lei mosaica é usado nos textos acadêmicos. A Lei mosaica é composta por um código de leis formado por ordens e proibições.
Os seguidores dessa ideologia incluem o reconstrucionismo cristão calvinista, o cristianismo carismático e os movimentos pentecostais Kingdom Now e a Nova Reforma Apostólica. A maioria dos grupos contemporâneos que se enquadram na Teologia do Domínio surgiu nos anos 1970 de movimentos religiosos que reafirmam aspectos do nacionalismo cristão***.
***O nacionalismo cristão identifica a nação com a vontade e ação de Deus no mundo; confunde identidade nacional e cristã; e identifica o serviço da nação a serviço de Deus", escreve o Dr. David W.
No Brasil, a Teologia do Domínio ganhou atenção após declarações de figuras públicas e tem sido associada a grandes igrejas ligadas a movimentos políticos. A ideologia busca influenciar e subordinar a sociedade e a política locais às doutrinas reconstrucionistas oriundas dos Estados Unidos.
Tentativas de embasamento bíblico
A base bíblica para a Teologia do Domínio encontra-se principalmente em duas passagens do Antigo e Novo Testamento:
- Gênesis 1:28 - Esta passagem é frequentemente citada como a origem do conceito de domínio, onde Deus abençoa a humanidade e lhe dá o mandato de “frutificar e multiplicar-se, e encher a terra, e sujeitá-la; e dominar sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
- Isaías 2:2-3 e Apocalipse 17:1–18 - Estas passagens são interpretadas por alguns como um chamado para que os cristãos exerçam influência ou controle sobre as esferas sociais e políticas.
Visões espirituais, profecias e batalhas espirituais como justificativas
Além disso, o movimento dos Sete Montes ou 7M, que é uma vertente da Teologia do Domínio, baseia sua hermenêutica em visões espirituais, profecias e batalhas espirituais contra os poderes que governam as esferas sociais, as quais, segundo eles, devem ser dominadas por cristãos como parte do cumprimento da Grande Comissão.
É importante notar que a interpretação e aplicação dessas passagens bíblicas variam significativamente entre os diferentes grupos que adotam a Teologia do Domínio, e há muitas discussões teológicas e críticas em torno dessa interpretação.
O que é o mandato dos sete montes (7M)?
Mandato dos Sete Montes, também conhecido como 7M ou Dominionismo dos Sete Montes, é um movimento cristão conservador dentro do cristianismo pentecostal e evangélico. O movimento afirma que existem sete aspectos da sociedade que os crentes devem influenciar: família, religião, educação, mídia, entretenimento, negócios e governo.
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https://youtu.be/QH0J4X-GGgE?si=t6faU3bNaXjSAKs2
A base bíblica para o movimento é derivada de Apocalipse 17:1-18, onde o versículo 9 menciona: "Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes". Além disso, eles acreditam que sua missão de influenciar o mundo através dessas sete esferas é justificada por Isaías 2:2: "E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes".
Os seguidores do movimento acreditam que, ao cumprir o Mandato dos Sete Montes, eles podem trazer o fim dos tempos. O movimento ganhou destaque após a publicação em 2013 de “Invading Babylon: The 7 Mountain Mandate”, de Lance Wallnau e Bill Johnson.
O Mandato dos Sete Montes influencia a política e os negócios ao encorajar seus seguidores a se envolverem ativamente nessas esferas com o objetivo de estabelecer valores e princípios cristãos. Na política, isso pode se manifestar através do apoio a candidatos e políticas que refletem suas crenças religiosas. Por exemplo, alguns membros do movimento apoiaram a presidência de Donald Trump, acreditando que ele desempenharia um papel crítico no Armagedom.
Nos negócios, o movimento promove a ideia de que os princípios bíblicos, em teoria, devem orientar as práticas empresariais e financeiras. Isso inclui a liderança ética, a integridade nos negócios e a responsabilidade social corporativa. A visão é que, ao influenciar essas áreas, os seguidores podem contribuir para uma sociedade que reflete os valores do Reino de Deus. Na prática, percebemos que a utilização desses valores, em muita das vezes, não está vinculado apenas aos interesses religiosos, mas sim ao enriquecimento, aumento de poder, conservar privilégios e ampliação do domínio.
Além disso, o movimento acredita que ao exercer influência sobre as sete esferas da sociedade — família, religião, educação, mídia, entretenimento, negócios e governo — eles podem preparar o caminho para o fim dos tempos, conforme sua interpretação das escrituras.
Essa influência é vista como uma forma de “discipulado” das nações, não se limitando apenas à propagação da fé, mas também à transformação da sociedade de acordo com os valores cristãos, na teoria.
As principais críticas
Os principais críticos da Teologia do Domínio são teólogos e grupos religiosos que argumentam contra a visão antropocêntrica e egoísta que essa teologia pode promover. Eles defendem que a Teologia do Domínio ignora a interdependência e a responsabilidade ética para com todas as formas de vida, promovendo uma exploração desenfreada dos recursos naturais e um desrespeito pelos direitos dos animais.
Além disso, existem críticas específicas relacionadas às implicações políticas e sociais dessa teologia. Por exemplo, alguns críticos apontam para o perigo que ela representa para a democracia, ao favorecer uma visão de mundo onde o poder religioso busca influenciar e controlar as esferas públicas e políticas.
Ataques aos Estado, a Democracia e ao Estado Laico.
Outras abordagens teológicas, como a Teologia da Criação, surgiram como alternativas, enfatizando o cuidado, a responsabilidade e o respeito pela integridade da criação divina, em contraste com a ênfase na autoridade humana sobre a natureza presente na Teologia do Domínio.
Os prejuízos
Os prejuízos do dominionismo, ou Teologia do Domínio, são frequentemente discutidos em termos de suas implicações sociais, políticas e ambientais. Aqui estão alguns dos principais prejuízos associados a essa teologia:
Impacto na Democracia:
O dominionismo pode ameaçar os princípios democráticos ao promover uma fusão entre Estado e igreja, o que pode levar a uma teocracia onde as leis são baseadas em uma interpretação específica da fé cristã, gerando um possível radicalismo religioso (exemplo dos países fundamentalistas) e a intolerância religiosa.
Direitos Humanos:
Pode haver um risco para os direitos humanos, especialmente para grupos minoritários que não compartilham as mesmas crenças religiosas, pois o dominionismo tende a favorecer os valores de um grupo específico, ou seja, os valores do fundamentalismo.
Diversidade Cultural:
A Teologia do Domínio pode suprimir a diversidade cultural e religiosa, impondo uma visão de mundo uniforme que não reflete a pluralidade da sociedade, a censura, intolerância e perseguições podem ser coisas rotineiras.
Intolerância religiosa
Política Externa:
No cenário internacional, o dominionismo pode influenciar a política externa de maneira que favoreça conflitos ideológicos e religiosos.
Exemplo: Conflitos no Oriente Médio e tensões entre EUA e China.
Ambiente:
A ênfase no “domínio” sobre a natureza pode levar a políticas ambientais prejudiciais, incentivando a exploração excessiva dos recursos naturais e a negligência com a sustentabilidade.
Enfraquecimento e desmonte da política ambiental.
Exemplo: As constantes desestruturação e ataques as políticas ambientais ao longo do governo de Jair Bolsonaro.
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https://youtu.be/BtmDaJgDI0k?si=3vqDfHaB4dQK_wKi
Economia:
A influência do dominionismo nos negócios pode resultar em práticas que não são eticamente sustentáveis ou que favorecem interesses corporativos em detrimento do bem-estar social.
Para um poder dominar, outros precisarão ser dominados. A precarização do trabalho é uma série de ações que fere os direitos e a dignidade da pessoa trabalhadora, que pode incluir, entre outras coisas, jornadas longas, remuneração indevida ou ausente, instabilidade e falta de proteção social e laboral.
Exemplo: A precarização do trabalho assalariado e a uberização.
Educação:
A inserção de doutrinas religiosas específicas no sistema educacional pode comprometer a qualidade e a neutralidade da educação, limitando o ensino científico e crítico.
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https://youtu.be/Xo1dSSsHcbg?si=we-hfAGLp6Ef6Z9X
Esses prejuízos são baseados em análises críticas e discussões acadêmicas sobre o tema. É importante notar que as visões sobre o dominionismo são diversas e que há um debate contínuo sobre seu impacto na sociedade.
Veja a série "O conto da Aia" (disponível em várias plataformas de streaming)
Ética digital
Na última aula, estudamos sobre a sociedade digital e a era da informação.
Link da última aula
https://sociologiaecio.blogspot.com/2024/03/era-da-informacao.html
Sociedade da Informação é um conceito que descreve uma sociedade onde a criação, distribuição, uso, integração e manipulação da informação são atividades significativas. Este termo surgiu no século XX, marcando uma transição para uma economia baseada no conhecimento e na informação, em contraste com a sociedade industrial baseada na produção de bens.
Nessa sociedade, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) desempenham um papel crucial, permitindo a troca rápida e global de informações. Isso tem impactos profundos em todos os aspectos da vida, incluindo educação, economia, saúde e governança.
Os benefícios incluem maior acesso ao conhecimento, inovação tecnológica e liberdade de expressão. No entanto, também há desafios, como a necessidade de inclusão digital, o risco de sobrecarga de informações e questões de privacidade e segurança de dados. A Sociedade da Informação é um fenômeno complexo e multifacetado, refletindo as mudanças contínuas trazidas pela era digital.
Ética e a ética digital
https://youtu.be/h9ePkOZGAGI?si=JLTKoIOg5F3iNHko
Ética é uma área da filosofia que se dedica ao estudo das ações e do comportamento humano, buscando entender os princípios que orientam nossas decisões e ações. A palavra “ética” vem do grego ethos, que significa “hábito”, “comportamento” ou “modo de ser”. Diferente da moral, que está ligada a normas, costumes e mandamentos culturais ou religiosos, a ética é compreendida de maneira mais universal e não é normativa como as leis.
A ética pode ser aplicada em diferentes contextos, como na vertente profissional, onde existem códigos de ética que indicam os princípios fundamentais para o comportamento de profissionais de diversas área. Embora a lei possa ter como base princípios éticos, a ética em si não impõe sanções legais, mas promove uma autorregulação baseada em valores e princípios.
Para filósofos como Aristóteles, a ética está relacionada à busca pela felicidade e uma vida virtuosa, encontrando um equilíbrio entre os extremos e alcançada por meio da prudência.
A ética digital refere-se ao conjunto de princípios morais que orientam o comportamento das pessoas no ambiente virtual. Ela é essencial para manter a dignidade, segurança e privacidade online, seguindo valores morais e legislações pertinentes. No Brasil, por exemplo, o Marco Civil da Internet é um marco legal que protege dados pessoais e a privacidade das mensagens, entre outros aspectos.
A ética digital também aborda questões como o respeito à privacidade alheia, honestidade nas interações online, respeito à propriedade intelectual e responsabilidade pelas ações digitais. Com o avanço de tecnologias como Big Data, machine learning e inteligência artificial, a ética digital torna-se ainda mais relevante, pois essas tecnologias trazem novos desafios éticos e morais.
Portanto, é importante refletir sobre nossas ações digitais e assumir a responsabilidade de construir uma sociedade digital ética e sustentável.
Alguns dos principais desafios éticos na era digital incluem:
Privacidade e proteção de dados:
A privacidade é um dos princípios fundamentais da ética digital. Com a quantidade crescente de dados pessoais online, garantir a segurança e o uso adequado dessas informações é um desafio constante.
Cyberbullying e assédio online:
O anonimato e a facilidade de comunicação na internet podem levar a comportamentos prejudiciais como o cyberbullying, exigindo uma postura ética para prevenir e combater essas práticas.
Disseminação de notícias falsas:
A rápida propagação de informações falsas ou enganosas pode ter sérias consequências sociais e políticas, tornando crucial a promoção de uma cultura de verificação e responsabilidade na partilha de conteúdos.
Uso ético da inteligência artificial:
Com o avanço da IA, surgem questões sobre o uso responsável dessa tecnologia, incluindo preocupações com viés, discriminação e a tomada de decisões autônomas.
Vício em tecnologia:
O uso excessivo de dispositivos digitais pode levar a dependências e impactar negativamente a saúde mental e física, desafiando os indivíduos a encontrar um equilíbrio saudável.
Responsabilidade pelo conteúdo gerado:
Usuários e criadores de conteúdo devem ser conscientes do impacto de suas publicações, assumindo a responsabilidade por mensagens e imagens compartilhadas.
Uso adequado das redes sociais:
As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação, mas seu uso responsável é essencial para evitar problemas como a invasão de privacidade e a manipulação de opiniões.
Manipulação de dados e algoritmos:
A forma como os dados são coletados, analisados e utilizados por algoritmos pode levar a questões éticas relacionadas à transparência e justiça.
Esses desafios requerem uma abordagem consciente e responsável por parte de todos os usuários da internet, bem como políticas e regulamentações eficazes por parte de governos e organizações.
Diversos crimes são cometidos no Twitter com o incentivo de Elon Musk.
https://youtu.be/PDkhY7F7ZLA?si=NG4syHOiw1XnfyCy
Elon Musk "incitou crimes" no Brasil, afirma especialista
https://youtu.be/qp1-wa7CX9M?si=TgMu6crtRNAw6kZ4
Polícia do RJ investiga alunos de colégio suspeitos por criar montagens com inteligência artificial
https://www.youtube.com/watch?v=eG0d3KsMeo8
Movimentos sociais
Os movimentos sociais são ações coletivas organizadas por grupos da sociedade que lutam por causas sociais. Eles buscam representar e incluir vozes frequentemente excluídas do processo democrático, visando mudanças sociais através da luta e organização política. Esses movimentos podem ser baseados em questões de classe, identidade, como gênero, raça e orientação sexual, ou outros objetivos específicos.
Movimentos sociais - definição 01
https://www.youtube.com/watch?v=0YCyp6r7Y5E
Alguns exemplos históricos incluem a Revolução Francesa e a Queda da Bastilha em 1789, que representou um movimento social significativo contra a monarquia absolutista francesa. Hoje, os movimentos sociais continuam a desempenhar um papel crucial na promoção da democracia e na busca por igualdade e justiça social.
Movimentos sociais - Definição 02
https://www.youtube.com/watch?v=EIeO5svABpk
Os movimentos sociais se organizam através de uma série de estratégias e estruturas para alcançar seus objetivos.
Aqui estão alguns pontos-chave sobre como eles funcionam:
Ideologia e objetivos dos movimentos sociais:
Movimentos sociais geralmente têm uma ideologia clara, definindo as causas que defendem e os objetivos que desejam alcançar.
Formação de Grupos:
São formados por grupos de pessoas que compartilham os mesmos ideais e estão unidos por uma causa comum.
Propostas e Reivindicações:
Eles formulam propostas específicas que serão reivindicadas e lutam por transformações coletivas.
Organização de Eventos:
Organizam passeatas, protestos, reuniões e outras formas de manifestação para chamar a atenção para suas causas.
Hierarquia e Liderança:
Geralmente possuem uma hierarquia, com uma ou mais lideranças que coordenam as ações e estratégias do movimento.
ONGs e Organizações Sindicais:
Incluem organizações não governamentais e sindicatos que apoiam e promovem as causas defendidas pelos movimentos.
Esses elementos ajudam os movimentos sociais a se manterem organizados e eficazes na luta por mudanças sociais e políticas.
Desafios vividos pelos movimentos sociais.
Os movimentos sociais enfrentam diversos desafios em suas jornadas por mudanças sociais e políticas. Alguns dos principais desafios incluem:
Repressão Estatal:
Muitos movimentos enfrentam a repressão por parte do Estado, que pode incluir violência policial, legislação restritiva e censura. Muitos políticos conservadores atuam de forma intensa para conservar os privilégios das classes dominantes e consequentemente a desigualdade.
Falta de Recursos:
A escassez de recursos financeiros é um obstáculo significativo, limitando a capacidade dos movimentos de se organizarem e promoverem suas causas.
Fragmentação Interna: Divergências internas podem surgir, levando à fragmentação e enfraquecimento do movimento como um todo.
Desafios Culturais:
Mudar a cultura e as percepções sociais pode ser um processo lento e difícil, especialmente quando se trata de questões enraizadas na sociedade.
Autonomia:
A relação com governos e outras entidades pode colocar em risco a autonomia dos movimentos, influenciando suas agendas e prioridades.
Ideário em Crise:
A perda do imaginário de transformação social e a dificuldade em defender propostas de mudança são desafios ideológicos significativos3.
Apoio da Sociedade:
Conseguir o apoio da sociedade em geral, especialmente em questões que desafiam normas e valores estabelecidos, é um desafio constante.
Como os movimentos sociais podem superar os desafios?
Esses desafios exigem dos movimentos sociais uma constante adaptação e inovação em suas estratégias para continuar a serem eficazes em suas lutas.
Para superar os desafios enfrentados, os movimentos sociais podem adotar várias estratégias:
União e Solidariedade:
Fortalecer a união entre membros e criar redes de apoio mútuo para enfrentar a repressão e a falta de recursos.
Ampliação da Base Social:
Trabalhar para incluir mais pessoas e diversificar o apoio social, aumentando a representatividade e o alcance do movimento.
Financiamento Alternativo:
Buscar fontes alternativas de financiamento, como doações, financiamento coletivo ou apoio de organizações não governamentais.
Educação e Conscientização:
Investir em campanhas de educação e conscientização para mudar percepções culturais e ganhar apoio da sociedade.
Resiliência e Adaptação:
Ser resiliente frente aos desafios e adaptar estratégias conforme o contexto político e social se altera.
Mobilização Estratégica:
Utilizar a mobilização como ferramenta para pressionar por mudanças, organizando protestos, campanhas e outras formas de manifestação pública.
Comunicação Eficaz:
Melhorar a comunicação interna e externa para disseminar informações e manter os membros informados e engajados.
Essas são algumas das maneiras pelas quais os movimentos sociais podem enfrentar e superar os obstáculos que surgem em seu caminho.
Como o uso das tecnologias pode auxiliar os movimentos sociais?
A tecnologia pode ser uma poderosa aliada dos movimentos sociais, oferecendo diversas ferramentas para amplificar suas vozes e alcançar seus objetivos. Aqui estão algumas maneiras de como a tecnologia pode ajudar:
Comunicação e Mobilização:
Redes sociais e aplicativos de mensagens permitem a rápida disseminação de informações e a mobilização de pessoas para protestos e eventos.
Organização e Coordenação:
Ferramentas online facilitam a coordenação de atividades e a colaboração entre membros dispersos geograficamente.
Educação e Conscientização:
Plataformas digitais são eficazes para campanhas educativas e para aumentar a conscientização sobre questões sociais.
Arrecadação de Fundos:
Crowdfunding e outras formas de arrecadação online podem ajudar movimentos a obter recursos financeiros necessários.
Documentação e Transparência:
A tecnologia permite documentar eventos em tempo real, promovendo transparência, a disseminação de informação, o engajamento e a responsabilização.
Inclusão Digital:
Projetos de tecnologia social buscam democratizar o acesso à tecnologia, reduzindo as desigualdades digitais.
Inovação e Criatividade:
Movimentos podem usar tecnologias digitais para criar novas formas de protesto e expressão.
Essas são apenas algumas das formas pelas quais a tecnologia pode fortalecer os movimentos sociais, ajudando-os a superar barreiras e a criar um impacto mais significativo.
Mapa mental
Movimentos sociais para mudar o mundo
https://www.youtube.com/watch?v=RJY4YZ17pVE
Foto do quadro